Depois de uma ilustre carreira nas motos, com dois pódios no Dakar e títulos mundiais de Enduro e Rally-Raid, Hélder Rodrigues conseguiu a sua primeira vitória no campeonato nacional de SSV, triunfando – a solo – na Baja Portalegre 500. “Um momento que significa muito para mim”, admitiu o piloto do Can-Am.
Apesar do notável palmarés que construiu ao longo de mais de duas décadas de carreira, Hélder Rodrigues nunca tinha ganho a Baja Portalegre 500. Tudo mudou este ano, na sua nona participação na clássica do ACP, onde o piloto de Sintra, que correu sem navegador, bateu a forte concorrência na prova dos SSV, a sua primeira vitória na categoria.
“É um momento que significa muito, depois de um ano tão duro. Chegar aqui e vencer é fantástico. Na sexta-feira perdi muito tempo, não estava forte. Tive alguma dificuldade porque já há muito tempo que não andava na lama e também não tinha feito o Portalegre no ano passado. No sábado imprimi um ritmo muito forte desde o início, depois também cauteloso a meio e vim a gerir bem a corrida. Agora a 60 km do fim começámos a apanhar muitos moto4 e motos lentas, que foi muito perigoso. Tirando isso tudo correu bem, o carro esteve bem, a equipa igualmente e também é preciso um bocado de sorte. Não furei, tive alguns percalços, mas vim até ao fim sempre rápido. Agora é altura de parar, repousar e pensar num novo projeto no futuro”, afirmou Hélder Rodrigues, que terminou com 48,3s de vantagem sobre o novo campeão nacional e europeu João Monteiro (Can-Am), e 52,9s sobre o campeão nacional de 2022, o jovem Gonçalo Guerreiro (Polaris).